Por Marianne Rampaso*
Já falamos aqui sobre as características de um bom professor, mas não custa repetir, apenas para que possamos iniciar a nossa discussão:
Já falamos aqui sobre as características de um bom professor, mas não custa repetir, apenas para que possamos iniciar a nossa discussão:
a) formação acadêmica na área: ninguém vai a um "quase-médico", então não se pode aceitar um "quase-professor". A base teórica é de suma importância, já que quem leciona tem que entender as teorias de ensino e aprendizagem que permeiam a prática docente, além de muitos outros assuntos que pertencem ao universo do ensinar e aprender.
b) Comprometimento e profissionalismo: sim, professor é um profissional como qualquer outro. Pense nas características das pessoas que você admira em seu trabalho. Aposto que pensou em responsabilidade, seriedade, eficiência etc. Pois é, professor também tem que ter isso tudo, além de é claro, aquela linda menção ao dom de ensinar, que todos adoramos ouvir!!!
Isso posto, vamos começar com os "mitos" em relação ao professor de inglês. Quem circula no ambiente de escolas de inglês, certamente já ouviu as seguintes sentenças:
- professor tem que ser engraçado: é claro que bom humor é fundamental em qualquer lugar, mas isso não significa que o seu professor precise ser o próprio "Bozo" em sala de aula. Algumas pessoas são mais alegres e extrovertidas do que outras, mais engraçadas mesmo, mas isso não é requisito, como muitos pensam, para que o aluno aprenda...
Um dos melhores professores que já vi era extremamente sério, dono de uma aula tão espetacular que conseguia lotar uma sala de faculdade - às 07h00 da manhã de sexta-feira - para falar de história e formação dos Estados Unidos e da Inglaterra... Ninguém nunca esperou "gracinhas dele" para aprender. E todos aprendemos muito, principalmente no que se refere ao profissionalismo e à seriedade com que encarava a sua profissão, um verdadeiro exemplo.
- professor tem que ser "meio psicólogo": muito cuidado com isso. É natural que nos tornemos mais próximos aos alunos com o passar do tempo. No entanto, isso não significa passar a ter uma aula-terapia, em que o professor comece a falar da viagem da amiga, dos problemas do vizinho, do último CD daquela banda tão famosa... É claro que comentários informais ocorrem e são muito saudáveis para quebrar o gelo de vez em quando, mas passar uma hora e meia falando da sua vida ou a do seu professor... Já é demais!!! Desconfie dos pretensos professores-terapeutas, pois isso pode esconder uma tremenda falta de preparação de aula, o que, por sua vez, significa total displicência em relação ao aluno...
Deixemos a terapia para os profissionais de direito, como psicólogos, psiquiatras, terapeutas e afins...
Aula de idiomas é para aprender IDIOMAS!!!
- professor tem que ser bonzinho: é claro que o clima de respeito e amizade deve ser mantido em sala de aula, mas, assim como o "terapeuta", o bonzinho pode ocultar uma falta de consideração e respeito pelo aluno: Ah, você nunca faz lição? Tudo bem... Você pronuncia tudo errado, mas eu não te corrijo não, deixa... Alguém vai corrigir um dia... Só espero que não seja o seu chefe em meio a uma conference call!!!
Ser legal, amigo, não significa deixar o aluno de qualquer jeito, deixar de orientar, de mostrar a ele o que está fazendo de errado. Mesmo no que se refere à correção: ela tem que ser feita, com muito tato e sensibilidade, mas tem que ocorrer. E surpresa: quando ocorre de uma forma profissional, os alunos agradecem sim, pois sabem que o professor se preocupa, que quer ver o desenvolvimento deles.
Além desses três mitos a serem observados, é também válido lembrar que a empatia entre as pessoas pode ser diferente. Às vezes, o professor legal do seu amigo não se adapta a você, ao seu estilo de aprendizagem. Nada de errado com isso, uma vez que as pessoas são diferentes e têm necessidades diferentes. O que devemos ter em mente, contudo, é que a ética e o respeito profissional e pedagógico em relação ao aluno devem ser mantidos sempre.
*Biodata - Marianne Rampaso
Graduada em Letras, com habilitação em Tradução e Interpretação Inglês - Português pela Unibero. Pós-graduada em Língua Inglesa pela Universidade São Judas Tadeu. Professora habilitada para o ensino de Inglês para Propósitos Específicos pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Atualmente cursa o Teacher's Link, na PUC-SP, voltado ao desenvolvimento de pesquisa e reflexão aplicadas à sala de aula de língua inglesa. Atua há mais de dez anos como professora especializada no ensino de inglês geral e para propósitos específicos para aprendizes adultos.
Coautora do site www.englishatwork.com.br e professora experiente na divisão In Company.
Responsável pela área de língua inglesa da All About Idiomas.
b) Comprometimento e profissionalismo: sim, professor é um profissional como qualquer outro. Pense nas características das pessoas que você admira em seu trabalho. Aposto que pensou em responsabilidade, seriedade, eficiência etc. Pois é, professor também tem que ter isso tudo, além de é claro, aquela linda menção ao dom de ensinar, que todos adoramos ouvir!!!
Isso posto, vamos começar com os "mitos" em relação ao professor de inglês. Quem circula no ambiente de escolas de inglês, certamente já ouviu as seguintes sentenças:
- professor tem que ser engraçado: é claro que bom humor é fundamental em qualquer lugar, mas isso não significa que o seu professor precise ser o próprio "Bozo" em sala de aula. Algumas pessoas são mais alegres e extrovertidas do que outras, mais engraçadas mesmo, mas isso não é requisito, como muitos pensam, para que o aluno aprenda...
Um dos melhores professores que já vi era extremamente sério, dono de uma aula tão espetacular que conseguia lotar uma sala de faculdade - às 07h00 da manhã de sexta-feira - para falar de história e formação dos Estados Unidos e da Inglaterra... Ninguém nunca esperou "gracinhas dele" para aprender. E todos aprendemos muito, principalmente no que se refere ao profissionalismo e à seriedade com que encarava a sua profissão, um verdadeiro exemplo.
- professor tem que ser "meio psicólogo": muito cuidado com isso. É natural que nos tornemos mais próximos aos alunos com o passar do tempo. No entanto, isso não significa passar a ter uma aula-terapia, em que o professor comece a falar da viagem da amiga, dos problemas do vizinho, do último CD daquela banda tão famosa... É claro que comentários informais ocorrem e são muito saudáveis para quebrar o gelo de vez em quando, mas passar uma hora e meia falando da sua vida ou a do seu professor... Já é demais!!! Desconfie dos pretensos professores-terapeutas, pois isso pode esconder uma tremenda falta de preparação de aula, o que, por sua vez, significa total displicência em relação ao aluno...
Deixemos a terapia para os profissionais de direito, como psicólogos, psiquiatras, terapeutas e afins...
Aula de idiomas é para aprender IDIOMAS!!!
- professor tem que ser bonzinho: é claro que o clima de respeito e amizade deve ser mantido em sala de aula, mas, assim como o "terapeuta", o bonzinho pode ocultar uma falta de consideração e respeito pelo aluno: Ah, você nunca faz lição? Tudo bem... Você pronuncia tudo errado, mas eu não te corrijo não, deixa... Alguém vai corrigir um dia... Só espero que não seja o seu chefe em meio a uma conference call!!!
Ser legal, amigo, não significa deixar o aluno de qualquer jeito, deixar de orientar, de mostrar a ele o que está fazendo de errado. Mesmo no que se refere à correção: ela tem que ser feita, com muito tato e sensibilidade, mas tem que ocorrer. E surpresa: quando ocorre de uma forma profissional, os alunos agradecem sim, pois sabem que o professor se preocupa, que quer ver o desenvolvimento deles.
Além desses três mitos a serem observados, é também válido lembrar que a empatia entre as pessoas pode ser diferente. Às vezes, o professor legal do seu amigo não se adapta a você, ao seu estilo de aprendizagem. Nada de errado com isso, uma vez que as pessoas são diferentes e têm necessidades diferentes. O que devemos ter em mente, contudo, é que a ética e o respeito profissional e pedagógico em relação ao aluno devem ser mantidos sempre.
*Biodata - Marianne Rampaso
Graduada em Letras, com habilitação em Tradução e Interpretação Inglês - Português pela Unibero. Pós-graduada em Língua Inglesa pela Universidade São Judas Tadeu. Professora habilitada para o ensino de Inglês para Propósitos Específicos pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Atualmente cursa o Teacher's Link, na PUC-SP, voltado ao desenvolvimento de pesquisa e reflexão aplicadas à sala de aula de língua inglesa. Atua há mais de dez anos como professora especializada no ensino de inglês geral e para propósitos específicos para aprendizes adultos.
Coautora do site www.englishatwork.com.br e professora experiente na divisão In Company.
Responsável pela área de língua inglesa da All About Idiomas.
Qual será o professor ideal para as minhas necessidades de aprendizagem? de Marianne Rampaso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
Based on a work at allaboutidiomas.weebly.com.
