Por Marianne Rampaso*
O ano começou e volta aquela velha promessa: "eu vou aprender inglês de qualquer jeito". Você se enche de disposição, pensa no que deu certo no seu(s) curso(s) anterior(es), mas agora vai!
Apenas um detalhe: qual é o curso ou escola certa para você?
As opções são várias, milhões de métodos para milhares de aprendizes diferentes, metodologias das mais variadas, promessas de todos os tipos...
Apesar de cada lugar ser diferente e termos que respeitar isso, há alguns tópicos básicos que escolas sérias têm em comum. Não interessa se são grandes ou pequenas, famosas ou desconhecidas, as dicas que relato aqui servem para todas elas. Tamanho único sem troca, pode confiar!
Ao procurar uma escola de inglês, preste atenção aos seguintes pontos:
1- Corpo docente com formação na área: não adianta haver pessoas lecionando se não forem professores... Desculpe a insistência, mas já disse aqui que não existe "quase médico" e, muito menos, "quase professor". Não interessa se o funcionário que ministra aulas foi CEO de empresa ou vendedor de rua no exterior - com o devido respeito as estas profissões - ele não tem formação de PROFESSOR... A boa vontade pode ser a das mais nobres, mas o conhecimento das situações de aprendizagem é bem precário e pode sim gerar problemas para o aluno.
2- Método de ensino: todo método se baseia em uma visão de linguagem, que pode ser mais estrutural ou mais interacionista. Quem se propõe a trabalhar com um método, tem que saber disso. Temos que conhecer o produto da nossa empresa, certo? Saber de onde veio, para quê serve e no quê se baseia é obrigação de qualquer lugar profissional. A minha sugestão é bem simples: pergunte e pesquise. Você viu uma escola que parece ser interessante? Veja se no site tem o método utilizado e pesquise na 'net' antes. Assim, quando você agendar a sua entrevista com o responsável da escola ou coordenador, terá condições de avaliar se o método é realmente algo que existe ou se é apenas um nome bonito, criado para vender cursos.
3- Contato com ex-alunos: não é sempre que dá para fazer isso, mas, às vezes, você conhece alguém que já estudou no local. Pergunte sobre a aula, sobre os professores, sobre a organização do local. Se não conhecer ninguém, 'net' de novo! Coisas boas ou ruins, estão todas lá!
4- Aulas demonstrativas: você deixaria a sua casa desarrumada em dia de receber visitas? Aposto que não! Embora algumas aulas demonstrativas marcadas sigam o mesmo curso de uma aula normal, elas também podem ser "uma casa arrumada para visitas". Desta forma, se puder, peça para assistir um pedacinho de uma aula na hora que você for contratar o serviço. Se houver muita resistência, desconfie... Tudo bem que algumas turmas podem estar em provas, mas todos grupos de uma escola, não! Ao observar uma situação real de sala, você já consegue ver como o professor trabalha, como o grupo interage, se há realmente aula ou terapia em grupo. Todo mundo sabe quando uma aula é de improviso, sem preparação.
5- Como você e as outras pessoas são tratados no local: OK, todos são mil sorrisos para com o aluno. Afinal, ele paga, é o cliente... Mas será que essa simpatia toda se estende pelos corredores da escola? Já pensou você estar na sala de aula e ouvir alguém gritar aos brados com os funcionários ou maltratar a recepcionista na frente de todos? Imagine você, na sua empresa, recebendo um cliente, e o seu chefe começa a assediar moralmente o seu colega de trabalho? Qual será a impressão de seu cliente? A pior possível, para ser bem light... Dificilmente um local que não respeita funcionários respeitará os clientes. Pense nisso.
6- Material: se você está começando o básico, não tem que comprar o material até o avançado! Também preste atenção aos materiais: se são de boa qualidade ou se são mais uma “engenhoca mirabolante” a ser vendida. Ter opções de comprar fora do local também é muito bom, afinal o dinheiro é seu. Boas distribuidoras de livros, como a Disal (www.disal.com.br) e a SBS (www.sbs.com.br) sempre têm preços competitivos.
Enfim, aqui foram algumas dicas para começar o seu curso com o pé direito. Uma coisa é certa: os alunos mudaram muito. Em recente pesquisa, percebi que os aprendizes estão muito mais exigentes. É isso é muito bom, pois se o nível de exigência sobe, a qualidade também é obrigada a aumentar.
O aluno de hoje sabe quando o professor é bem preparado, questiona sobre a formação. E um segredo, por experiência própria: ficam felizes quando o teacher tem uma formação sólida, orgulhosos mesmo! Da mesma forma, até os aprendizes mais novos “sacam” quando há a famosa “embromation” nas aulas ou no curso. Todos sentem se a escola está comprometida ou não com o aprendizado de seus alunos, isto é certo.
So, good luck e um ótimo início de curso!
*Biodata - Marianne Rampaso
Graduada em Letras, com habilitação em Tradução e Interpretação Inglês - Português pela Unibero. Pós-graduada em Língua Inglesa pela Universidade São Judas Tadeu. Professora habilitada para o ensino de Inglês para Propósitos Específicos pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Atualmente cursa o Teacher's Link, na PUC-SP, voltado ao desenvolvimento de pesquisa e reflexão aplicadas à sala de aula de língua inglesa. Atua há mais de dez anos como professora especializada no ensino de inglês geral e para propósitos específicos para aprendizes adultos.
Coautora do site www.englishatwork.com.br e professora experiente na divisão In Company.
Responsável pela área de língua inglesa da All About Idiomas.
Como escolher uma escola de idiomas para estudar? de Marianne Rampaso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
Based on a work at allaboutidiomas.weebly.com.