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Vai aprender inglês com a Dona Carochinha?

12/11/2013

4 Comments

 
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O mercado de idiomas tem de tudo: das propostas mais sérias as mais, digamos, “surrealistas”. Vemos algo novo - e não tão novo - todos os dias...

Por Marianne Rampaso*

Aqui vão algumas dicas para fugir dos cursos de inglês da "Dona Carochinha":

a)  O nosso método é revolucionário: não existe um método “milagroso” e tampouco único. As pessoas são diferentes, aprendem de formas diferentes e têm diferentes necessidades. Há tempos vivemos na era do pós-método: seguimos visões de linguagem diferentes, mas acabamos por misturar um “monte de métodos” na aula, para contemplar habilidades comunicativas diferentes. Exemplo: a escola pode seguir uma visão sócio-interacional da linguagem, mas na hora da pronúncia, usa a repetição. Nada de errado com isso, mas é a prática certa, na hora certa. Nada de mandar o aluno repetir coisas descontextualizadas, sem sentido. Memória acústica é uma coisa, treino para concurso de papagaio, é outra!
Há também o jargão publicitário: ”o nosso método é inovador”. Sorry to say, mas a maioria dos métodos vem dos anos 50 a 90... Nada muito novo!

b) Os nossos professores não são... professores!!! DANGER!!! Que me perdoem as pessoas com empregos temporários, mas “fazer bico dando aula de inglês”, é o fim!
A atividade principal da pessoa não é lecionar, logo, ela não estará preocupada em preparar aulas... Será um “bico”, tratado como um “bico” mesmo.  E que empresa, cuja atividade principal é lecionar, contrata professor em regime de “bico”? Nada muito sério, concorda?
Isso sem falar da qualificação. Já pensou chegar em um hospital e ouvir do médico: “Sou engenheiro, mas faço um bico aqui como cirurgião”. Imagine a qualidade da cirurgia... Imagine a qualidade da aula “dada” por um “biqueiro”...
Vou morrer repetindo: professor tem que ser professor de formação!

c) Vocês aprenderão vocabulário diferente porque o professor tem um sotaque diferente! OIII?! Vocabulário nada tem a ver com sotaque! É claro que há diferenças entre as diversas variações do inglês (australiano, britânico, americano, etc.), mas isso não quer dizer que você vai aprender mais ou menos vocabulário porque o seu professor tem sotaque americano, britânico ou qualquer outro... O vocabulário, em uma aula de idiomas, é construído ao longo do tempo, com PRODUÇÃO do ALUNO, em ATIVIDADES SIGNIFICATIVAS.


d) Você vai aprender inglês em xxx semanas ou meses! Uma ressalva aqui. Você pode aprender inglês neste tempo. A única coisa é o QUÊ você vai aprender... Em umas duas semanas, você pode aprender a cumprimentar uma pessoa em inglês (greeting people), por exemplo... Em um ano, dá um bom básico, em que você poderá falar de si mesmo, de algumas situações e do outro. O problema aqui é a promessa: você NÃO será fluente em xxx semanas ou meses... Vai aprender algumas coisas sim, mas não tudo. Aliás, nunca aprendemos “tudo” nem em nossa língua materna. 

Então não há curso de inglês bom? Sim, há muita gente boa por aí, escolas e professores, mas você deve estar atento aos seguintes critérios:

a) Promessas mirabolantes;
b) Métodos milagrosos;
c) Ausência de staff (professores, direção e coordenação) qualificado na área;
d) Professores profissionais e não “biqueiros”;
e) Proposta pedagógica real e voltada às necessidades dos alunos;
f) Discurso do coordenador na hora da venda do curso: se parece enganação, é enganação!;
g) Clareza nas informações passadas;
h) Procedimentos de nivelamento e avaliação eficientes e bem estruturados;
i) Abertura para que você assista uma aula demonstrativa, sem aviso prévio e sem compromisso.

Enfim, sentimos quando a coisa não é tão séria, mas, às vezes, quem vende tem “aquela lábia” e acabamos comprando uma história da "Dona Carochinha"* mesmo. No entanto, nada melhor do que ter informação e parâmetros para avaliar onde estamos prestes a investir o nosso tempo, dinheiro e energia!

* História infantil, conto. Veja mais: http://ludicalivros.blogspot.com.br/2009/09/historias-da-carochinha.html


Atenção: este post foi baseado em experiências profissionais dos autores, relatos acadêmicos e de alunos. Não está relacionado a críticas a escolas e/ou metodologias disponíveis no mercado. Trata-se, apenas, do livre e democrático relato de experiências pedagógicas e de livre expressão, conforme reza a Carta Magna de nosso país.


Prof.ª ESP. Marianne Rampaso (responsável pelos cursos de inglês da All About Idiomas) 


*Biodata
Graduada em Letras, com habilitação em Tradução e Interpretação Inglês-Português pela Unibero. Pós-graduada em Língua Inglesa pela Universidade São Judas Tadeu. Professora habilitada para o ensino de Inglês para Propósitos Específicos pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Professora qualificada pelo curso Teacher's Link (PUC-SP), voltado ao desenvolvimento de pesquisa e reflexão aplicadas à sala de aula de língua inglesa. Possui também os cursos de Estratégias em Tecnologia para a Produção de Materiais Didáticos e Ensinando Inglês de Verdade por Meio de Filmes e Programas de TV em DVD, ambos da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - (PUC-SP).
Atua há mais de dez anos como professora especializada no ensino de inglês geral e para propósitos específicos para aprendizes adultos.
Trabalha também com a qualificação e treinamento de professores de inglês e na preparação de treinamentos para estes fins.
Coautora do site www.englishatwork.com.br e professora de inglês, atuante na divisão In Company.

Licença Creative Commons
Vai aprender inglês com a Dona Carochinha ? de Marianne Rampaso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Baseado no trabalho em www.allaboutidiomas.weebly.com.
4 Comments
Tiago Lima Gimenez
19/11/2013 09:25:10 am

Gostei muito deste post. Estudo inglês há um tempão e já vi – acho- quase tudo: de aulas muito boas a aulas em que você se pergunta : o que eu tô fazendo aqui??? Era melhor ir jogar futebol, rsss....
Tem uma coisa que me chamou atenção aqui: o nível do professor. Já tive aula com gente que passava uma hora discutindo a relação em sala, que falava coisa errada, coisa nada a ver e que a gente sabia que não era professor coisa nenhuma. Também me pergunto se não sai mais barato pra uma escola contratar gente que enrola um pouco no inglês... Acho que a melhor aula que tive foi num curso de inglês, na minha cidade natal. Era a época do boom do videogame e a professora deu uma aula baseada neles, no vocabulário, nas expressões. Foi tão legal que depois fizemos uma exposição na escola com base na aula dela.
Também já cai em muita promessa milagrosa, mas acabei desanimando depois porque percebi que não ia dar em nada. Fiz muito desses cursos mais famosos, alguns foram muito bons, outros eram da turma da enrolação mesmo. Depois fiz aula particular, umas com uns nativos, que batiam um papo lascado, outras com professores brasileiros, que também batiam um baita papo e aí vi que estava pagando pra bater papo...Depois achei um professor muito bom, mas, como a aula dele era cara- e valia cada centavo- precisei parar por causa da faculdade.
Outra coisa acho que é a disposição da gente- como vocês falaram -o aluno sabe quando a coisa não vai dar em nada- mas a gente insiste porque é fácil e cômodo. Depois larga, vai pra uma escola, um professor, outro, volta pra outra escola. Hoje eu penso que só vou voltar a estudar quando puder pagar um curso/professor realmente bom e quando tiver tempo livre, senão é perda de tempo total....
Valeu pelas dicas!
Tiago

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Marianne link
19/11/2013 09:29:34 pm

Olá, Tiago!

Que legal que você gostou do post. Suas observações são bem pertinentes e acho que você sabe muito bem o quê funciona ou não para você.

Bom, todo professor experiente sabe dos problemas que você apontou: "aula-terapia", pessoal que fala errado, que não prepara aula... Enfim, são os "ossos do ofício", como em toda profissão. O melhor a fazer é trabalhar sério, pois têm coisas que vão depender mesmo da percepção e discernimento do aluno: quanto mais exigente o aprendiz, melhor a qualidade do curso. No entanto, já percebemos uma grande mudança no perfil dos alunos de cursos de idiomas e é para melhor. Thank God!

Em relação à aula sobre os games, a sua professora ligou a realidade de vocês na época com o curso. É por isso que foi tão marcante para você e seus colegas- vocês conseguiram ver uma ponte com o quê faziam/gostavam naquele tempo.

O Brasil ainda não tem uma legislação que regulamente a formação de quem leciona em cursos livres, pois o MEC não se responsabiliza pelos mesmos. No entanto, algumas escolas sérias já perceberam a necessidade de um profissional qualificado ( graduados em Letras, Pedagogia, Tradução) e/ou com as certificações internacionais para lecionar (TKT, CELTA e DELTA). O setor de franquias de idiomas também já está percebendo esta necessidade e vem exigindo que o pessoal estude antes de entrar numa sala de aula.

Já que você tem essa percepção tão legal, recomendo abaixo dois links interessantes. São entrevistas com uma das maiores autoridades no ensino de língua estrangeira no Brasil, a profa. dra Antonieta Celani, da PUC-SP.

Um abraço e boa sorte na conclusão da sua faculdade!

Marianne

http://revistaescola.abril.com.br/lingua-estrangeira/fundamentos/nao-ha-receita-ensino-lingua-estrangeira-450870.shtml

http://revistaescola.abril.com.br/lingua-estrangeira/fundamentos/alem-gramatica-426788.shtml

Reply
Luciana L.
17/12/2013 10:36:56 pm

Legal este post. Trabalho no ramo de turismo e vivo estudando inglês. Como o Tiago falou no comentário dele, a gente que estuda vê muita coisa. A minha última experiência foi péssima: o cara- aquilo nem merece ser chamado de professor- começava a aula bem assim: "onde a gente parou na semana passada?" Um descaso só....Imagina como ele estava preocupado com turma, se nem ele sabia onde tinha parado??? A gente tinha livro, mas ele seguia quando queria. Tive um outro que empurraram pra gente como sendo nativo que perguntava: "Do que vocês querem falar hoje?".Um fiasco total!! Acho importante o professor se preparar para a aula, se preocupar com os alunos, ao menos saber o que está seguindo...
Fico imaginando chegar no meu chefe ou no meu cliente dizendo isso: onde é que a gente parou? O que você quer fazer nesse contrato??? Ia pra rua direto!!!
Percebo que tem muito comércio neste ramo de idiomas, aliás, como em todo sistema educacional, mas tem gente que abusa da nossa paciência!!
Sempre leio os posts de vocês, são ótimos e bem esclarecedores!

Parabéns!
Luciana

Reply
Marianne link
17/12/2013 11:41:26 pm

Oi, Luciana!

Primeiramente, agradecemos os elogios! E esperamos que os post sejam bem úteis a você!

Bem, professor "que não é professor" é um grande problema e uma grande desvantagem para os alunos.

Como você mesma disse, TODO profissional deve estar preparado e é muito chato quando o aluno percebe o descaso e/ou despreparo....Quanto aos nativos, se estas pessoas não forem professores de formação, nada feito....É a mesma coisa que pegar qualquer brasileiro e pedir para lecionar português- afinal, ele fala o idioma...

Falar o idioma não significa saber lecionar e nem conhecer a língua a ponto de estar apto a dar aulas.

Infelizmente, muita gente, ainda sem conhecimento específico na área de ensino, acredita no rótulo "nativo" e contrata esse pessoal para as escolas. Aí é que entra o papel dos alunos: sempre converse com o coordenador caso perceba que algo não está bem nas aulas. Afinal, o centro das atenções deve ser você, o aluno!

Um abraço e continue a nos acompanhar!

Marianne

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